2009/10/30

Os Lusíadas


As armas e os barões assinalados,
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;

E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis, que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando;
E aqueles, que por obras valerosas
Se vão da lei da morte libertando;
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.

Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram:
Cesse tudo o que a Musa antígua canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.

Luís Vaz de Camões, in Os Lusíadas - I,1,2,3


O professor Bernardo de português pediu à nossa turma que decorasse as primeiras três estrofes de Os Lusíadas.

Os Lusíadas fala sobre a coragem dos portugueses nos descobrimentos.

Luís Vaz de Camões, o autor d'Os Lusíadas, também participou em algumas destas viagens de barco.

Este livro é muito difícil de ler, mas há adaptações mais fáceis de ler.




SM

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